sábado, 28 de dezembro de 2013

DEPOIS DOS EXCESSOS E NOVOS INDIVIDUAIS PARA A MESA

Cá em casa as festas fazem-se de excessos assumidos. Não há contenção e não se sente culpa. Não se andam a contar filhós enquanto se olha de soslaio para a coxa, não se prova um niquinho de pudim de ovos porque a ideia é mesmo encher a taça com o dito e não se fica a aguar perante a mousse de chocolate. Em resumo, são festas sem comportamentos neuróticos. Come-se e pronto. Nem se vem postar ao blogue cada vitória (rejeição) de bilharacos. A razão é simples: o corpo já se desabituou de comer as ditas iguarias de modo que, ao fim de 48 horas, já pede sopas de verduras, muitos vegetais e frutas. Bem me podem pôr na frente o bolo de cenoura e as broas doces de batata que a mãe do C. fez, mais o pão de milho que preparei na noite da Consoada...

Ingredientes para um pequeno almoço mais leve:
Iogurte biológico
Framboesas desidratadas e framboesas congeladas
Maçãs desidratadas
Açúcar de coco
Açaí
Erva trigo
Sementes de chia


E hoje, para além do pequeno almoço fresquinho, decidi estrear os individuais que fiz há dias. Usei um tecido que me trouxeram de Angola (mas made in Indonesia) e uma estopa que comprei em Cabeceiras de Basto com a D. Benta. Gosto muito do resultado!


sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

MAIS UM WIKSTEN TOVA

É a terceira vez que faço este modelo. Desta vez, escolhi uma flanela de xadrez encarnada e cinzenta para fazer o meu primeiro vestido de inverno. Primeiro e único (embora já esteja de volta dos moldes de um novo modelo). O processo de confecção foi muito mais rápido, mas o facto do tecido não ser absolutamente simétrico (dei logo conta quando me preparava para dobrar e cortar o pano), pregou-me algumas partidas.
Há meses (terá sido uma resolução para 2013?...já não me recordo...) decidi deixar de comprar roupa. Bom, vou ser realista: decidi que só compraria roupa que não conseguisse fazer e que fosse absolutamente necessária. A verdade é que não comprei uma única peça de roupa durante este ano. Porque tinha a mais (despachei uma série de coisas no OLX), porque não precisava, porque me incomoda comprar coisas feitas por pessoas que trabalham num regime de quase escravatura e, finalmente, porque me dá um certo gozo conseguir fazer aquilo que uso. As peças não ficam perfeitas, mas vão ficando cada vez menos imperfeitas. 
Tenho ali uns bons metros de burel que comprei à Ecolã quando estive lá em cima. Tivesse a minha máquina de costura capacidade para lidar com o burel e as próximas peças seriam uma saia e uma pleated tote. Não sendo possível, vou optar por utilizar o cotim que fui comprar com a D. Benta a Cabeceiras de Basto para fazer este avental.


sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

RECICLAR MOBÍLIA

Assim, à primeira vista, esta mesa até parece estar em óptimas condições. Mas a imagem é absolutamente enganadora. Desde sempre que me lembro de ver esta mesa na casa de banho dos meus avós maternos. O meu avô usava-a para colocar os instrumentos para fazer a barba. Nessa época, era uma mesa de um castanho muito escuro, quase preto. Foi assim que me veio parar às mãos depois dos meus avós morrerem. Ficou uns (muitos) anos esquecida na arrecadação, à espera de uma nova vida e de uma nova casa.
Há umas semanas coloquei mãos à obra e lixei-a de alto a baixo. Deu-me uma trabalheira porque aquela tinta escura colava-se à lixa e dificultava o processo. Acabei por usar uma escova de arame e resolver o assunto mais rapidamente.


E depois, como já era previsível, pintei-a de branco. Não é que eu tenha qualquer obsessão com o branco. Nem sequer a inclinação para considerar que agora o que é bonito são os interiores de inspiração nórdica. Na verdade, isto é tudo uma questão de preguiça. O princípio é o mesmo da roupa: se for toda da mesma cor ou de tons semelhantes dá-me menos trabalho a combinar, pode ser lavada em conjunto e evita que eu perca muito tempo a decidir o que vestir. Com a casa, o processo é mais ou menos igual. Com paredes e móveis brancos, brincar com os objectos de cor torna-se mais simples. Pelo menos para mim. 


A mesa está agora na sala de estar. Uso-a, neste momento, para ter à vista um dos presentes de casamento que nos foi oferecido pela querida Antónia, uma das pessoas que entrevistei quando fiz a pesquisa de doutoramento e de quem me tornei grande amiga: este serviço da Anna Werterlund e que adoro!

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Sou uma antropóloga que só pensa em comida...
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